Cultura Gramado

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Secretaria da Cultura

sexta-feira, 18 de março de 2011

COZINHA DA NONNA E ABRINDO O BAÚ: PROJETOS CULTURAIS NA FESTA DA COLÔNIA ENCANTAM PARTICIPANTES


A Antiga Casa Colonial

A antiga casa colonial, com arquitetura típica da colonização italiana na região serrana do estado do Rio Grande do Sul, possui mais de 100 anos (ano aproximado do início da construção: 1910) e constitui-se como um exemplar raro de construção, de grande valor histórico e de imensurável importância cultural, caracterizando-se como um bem material que mantém viva a identidade da comunidade gramadense. 
 

A casa é composta por madeiras inteiriças de pinheiro nativo da Serra Gaúcha (Araucária Angustifolia), telhas de barro de forma antiga e juntas de madeira de pinheiro.

O imóvel teve como primeiro dono o Sr. Sereno Brombatti, sendo adquirida posteriormente por Augusto Reck, que a reconstruiu para fins comerciais. Tempos depois a casa foi adquirida por Marino e Aurélio Calgaro, que mantiveram o antigo armazém colonial. Após alguns anos a casa foi adquirida pelo Sr. Alcino Scariot, que a utilizava como residência.



A Casa Colonial estava originalmente instalada na localidade de Arroio Forquilha, zona rural de Gramado, próximo à Ponte do Raposo, divisa com o município de Caxias do Sul.

Atualmente a antiga Casa Colonial está instalada junto ao Centro de Eventos da ExpoGramado, integrando o complexo da Festa da Colônia.

Devido à depreciação dos materiais que a formavam originalmente, não foi possível a reconstrução da mesma, sendo então realizada uma releitura da arquitetura empregada na sua construção nos idos da década de 1910, mantendo algumas de suas características históricas.


Projeto Abrindo o Baú
Resgate das Raízes de Gramado

Na antiga Casa Colonial, a Subsecretaria Municipal de Cultura de Gramado, em parceria com a Festa da Colônia e a empresa Famastil Ferramentas, desenvolve o Projeto Abrindo o Baú, que tem por objetivo principal o resgate das raízes de Gramado.

Através de entrevistas ao vivo com antigos moradores das localidades do interior do município de Gramado, as crianças aprendem sobre a arquitetura colonial, os costumes, a religiosidade, a gastronomia, o folclore, a agricultura e a pecuária, a educação, as tradições, o modo de vida e outros aspectos do passado.

Os antigos moradores das nossas colônias relatam como eram seus cotidianos, as dificuldades financeiras da época, as lembranças e reminiscencias de um tempo que não volta mais.
A nostalgia e as belas recordações reavivadas pelos entrevistados costumam emocionar os alunos, que traçam paralelos entre o passado, o presente e o futuro da nossa Gramado.


O relato de histórias tristes, alegres, cômicas e trágicas; os costumes que se perderam no tempo; a chegada do progresso; as tradições; as diferenças entre o hoje e o ontem. Abrindo o baú da nossa memória, o projeto oferece, através de depoimentos legítimos e que não foram registrados pela História Oficial, um panorama emocionante e cheio de detalhes e peculiaridades sobre a evolução de Gramado e os elementos formadores da identidade cultural do nosso povo, alguns ainda remanescentes nas novas gerações que integram atualmente a nossa comunidade.


Os relacionamentos afetivos, a história e as estórias, as antigas lendas, as boas e más lembranças,o legado deixado pelos imigrantes alemães, italianos e portugueses que povoaram a nossa região; tudo isso vem à tona no Abrindo o Baú, proporcionando um confronto natural entre o antigo e o novo e transmitindo o conhecimento dos mais velhos às nossas crianças, estimulando o resgate da memória da nossa comunidade e valorizando aqueles que contribuíram para que Gramado chegasse ao patamar que hoje se encontra – um dos maiores pólos turísticos do Brasil.


Todas as entrevistas são filmadas, e o material registrado integra o Acervo de Memória Oral da Subsecretaria de Cultura de Gramado, viabilizando dessa forma a preservação da nossa História, da nossa Memória e da nossa Identidade Cultural, para que o tempo não apague essas maravilhosas vivências e para que se oportunize às futuras gerações maior conhecimento sobre os nossos antepassados.


O projeto Abrindo o Baú / Edição Festa da Colônia - é realizado entre os dias 10 e 27 de março, na Antiga Casa Colonial, localizada junto ao Complexo da Festa da Colônia no Centro de Eventos da ExpoGramado.
As entrevistas ocorrem de segunda à sexta, às 9h30min, sempre contando com a participação de entrevistados com mais de 60 anos e ainda residentes na zona rural do município.


O público é formado por alunos do Ensino Fundamental das escolas públicas de Gramado, mas são aceitas inscrições de pais e filhos que estiverem interessados em participar do projeto.



Cozinha da Nonna
Uma Viagem na história através da Culinária Típica das nossas colônias


A Subsecretaria de Cultura de Gramado realiza anualmente, durante a Festa da Colônia, um projeto pedagógico que agrega história, tradição e gastronomia.
Trata-se do Cozinha da Nonna, realizado na Antiga Casa Colonial, onde as nonnas ensinam às crianças antigas receitas familiares das localidades rurais do interior de Gramado.


Nonna significa avó em italiano, e ninguém melhor indicado que a avó para ensinar crianças a cozinhar, afinal, é sempre ela que faz aqueles pratos tão especiais que a gente nunca esquece.
A cozinha da Nonna tem por objetivo o resgate histórico das receitas típicas das colônias gramadenses, quando as crianças literalmente "colocam a mão na massa" e participam da confecção das deliciosas iguarias produzidas no nosso meio rural, oriundas de antigos pratos típicos das etnias italiana, alemã e portuguesa, formadoras da nossa identidade cultural. 

 

Entre as receitas ensinadas às crianças durante o projeto, delicias típicas da nossa colônia, como o tradicional bolinho de batata, o grostoli (calça-virada), schmier de Framboesa e doces e compotas.
Além de ensinarem as antigas receitas, as nonnas contam histórias sobre o dia-a-dia na zona rural, os alimentos que faziam e fazem parte da mesa do colono, e a relação entre a horta, a pecuária e a agricultura com o modo de vida dos moradores das nossas colônias.


Após a confecção dos pratos típicos, os alunos degustam o resultado da oficina, confraternizando e compartilhando experiências em volta do fogão à lenha, assim como faziam os nossos antepassados.
O Cozinha da Nonna conta com o apoio da Festa da Colônia de Gramado, Emater e a empresa Famastil Ferramentas, que cede à todas as crianças participantes, um livreto com receitas típicas coloniais, aventais e tocas personalizadas do projeto.


O projeto Cozinha da Nonna é realizado entre os dias 10 e 27 de março, na Antiga Casa Colonial, localizada junto ao Complexo da Festa da Colônia no Centro de Eventos da ExpoGramado.
As oficinas de culinária típica ocorrem de segunda à sexta, às 14h30min, sempre contando com a participação de senhoras moradoras da zona rural do município.


O público é formado por alunos do Ensino Fundamental das escolas públicas de Gramado, mas são aceitas inscrições de pais e filhos que estiverem interessados em participar do projeto.



* OS PROJETOS "ABRINDO O BAÚ" E "COZINHA DA NONNA" SÃO REALIZADOS PELA SUBSECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA DE GRAMADO, COORDENADOS PELA PROFESSORA DE HISTÓRIA DENISE FOSS, AUXILIADA POR CELOI MOURA *

Um comentário:

  1. Excelente projeto!!! e essa interação que ocorre entre gerações cria um ambiente familiar de respeito pelo aprendizado dos mais velhos que se perpetua...faz das crianças de agora pessoas solidárias, prestativas, interessadas pelo patrimônio cultural da cidade e de suas familias, isso tudo feito de uma forma lúdica e interativa. Párabéns a todos!!!

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