Secretaria de Cultura definiu projeto que pretende transformar local em ponto turístico
 
 Gramado – O sonho de tornar o Espaço Cultural Estação Férrea, do bairro
 Várzea Grande, em Museu do Trem, está mais perto de se tornar 
realidade. A Secretaria de Cultura do município segue com o projeto que 
visa transformar o lugar em um ponto turístico, focado na história de Gramado.
  De acordo com o diretor Cultural de Ações Comunitárias da secretaria, 
Paulo Pontes, o intuito é instalar no local um trem original do início 
do século passado. Em função de o custo de uma locomotiva deste período 
ser alto – algo em torno dos R$300 mil, a ideia inicial da Secretaria de
 Cultura é optar por uma permuta. O Museu Ferroviário de Tubarão, em 
Santa Catarina, possui dois trens a vapor alemães, de grande porte, que 
interessam o Espaço Estação Férrea da Várzea Grande. Essas locomotivas, 
no entanto, não podem ser vendidas nem doadas. A alternativa apontada 
pelo diretor administrativo do museu, Dorival Oliveira, seria uma 
troca:eles fornecem um desses trens se o município de Gramado conseguir 
como contrapartida uma locomotiva diesel elétrica.
  Uma segunda 
alternativa é a instalação de vagões individuais no Espaço Estação 
Férrea Paulo Pontes explica que a Rede Ferroviária do Rio Grande do sul 
possui três vagões disponíveis e, apesar de estarem em mau estado de 
conservação, há a possibilidade de restaurá-los. Estes podem ser 
adquiridos sem custo, apenas através de um convênio. “Vamos agendar uma 
reunião com o prefeito Nestor Tissot para a próxima semana, a fim de 
verificar a viabilidade de restauração destes vagões em Gramado”, 
destaca Pontes.
  Caso o projeto se concretize, cada vagão será 
destinado a uma etnia colonizadora da região: italiana, alemã e 
açoriana. Há ainda a ideia de implantar no local um restaurante e um 
espaço para fotos de época.
 
 A técnica e a história
 
  O 
Espaço Cultural Estação Férrea recebeu, na última sexta-feira (20), a 
visita da museóloga Luciana Silveira Cardoso, de Ijuí. Ela conheceu o 
local após meses de conversas com integrantes da  Secretaria de Cultura,
 pois, assim que o Espaço se tornar o Museu do Trem, será necessário o 
acompanhamento de um profissional do setor. Caso Luciana não possa 
ocupar o cargo, ela indicará outra pessoa para fazê-lo.
  De acordo 
com ela, o trabalho de um especialista de museus precisa andar lado a 
lado com a cultura típica da comunidade em questão “O museólogo apenas 
orienta os melhores passos a serem seguidos, mas ele não existe sem a 
presença da comunidade”, afirma.
 
 
 
 
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