Cultura Gramado

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Secretaria da Cultura

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

CENTRO MUNICIPAL DE CULTURA PASSA A DENOMINAR-SE PREFEITO ARNO MICHAELSEN



Histórico

ARNO MICHAELSEN, vice Remi Zatti, de 1º de janeiro de 1960 a 31 de dezembro de 1963.

Seu Arno, como era chamado, nasceu no vizinho município de Nova Petrópolis, em 8 de abril de 1919, filho de Theodoro Guilherme e Bertha Michaelsen.

Chegou a Gramado ainda solteiro e a família se estabeleceu na Serra Grande. Mais tarde iria montar sua própria casa comercial na Linha Tapera e conheceria sua futura esposa, Angelina Caberlon, de família tradicional da localidade, com quem casou em 7 de setembro de 1940. Deste casamento nasceram 5 filhos: Doraci, Dorli, Delmar Darci e Delci. Estes filhos lhe deriam 15 netos.

A sua Loja Estrela, na avenida principal de Gramado, nas décadas de 50 e 60, foi um local de grande convívio logístico, onde se encontravam os artigos necessários para os habitantes de Gramado. Suas vitrines eram concorridas e as comemorações natalinas eram muito especiais, acompanhadas de decoração específica e Papai Noel que alegrava a garotada. Sempre com o atendimento direto da família.

Os convívios dele com a comunidade e com nossas ruas e eventos, sempre foram saudáveis e muito comprometidos com o social. Era por temperamento, um mediador, uma pessoa calma e conciliadora, fazendo com que a comunidade confiasse nele para os cargos políticos que se seguiram.


ARNO MICHAELSEN foi o 6º Sul Prefeito de Gramado quando 5º Distrito de Taquara, de 1º de janeiro até 1º de setembro de 1952. Nesta época, Gramado já tinha em mente a sua Emancipação Política.

Eleito Presidente do Centro Esportivo Gramadense em 8 de abril de 1958 e empossado em 14 de abril de 1958, sendo reeleito e cmprindo mandato até 1961. No seu período é que foi invertido o sentido do campo, na parceria do amigo Anselmo Moschen, fazendo com que o clube tivesse seu patrimônio valorizado na São Pedro e um ganho extra para manter suas atividades esportivas.

Após a Emancipação ocorrida em 15 de dezembro de 1954, e por já ser um político atuante e com experiência, colocou seu nome a disposição e foi eleito Vereador na 1ª Legislatura, atuando de 1955 a 1959 sendo o 1º Presidente da Câmara em 1955. Na realidade, foi no Legislativo então que iniciou sua trajetória como homem público.

Para as eleições de 1959, ele foi o nome escolhido pelo PTB para concorrer a Prefeito, tendo como companheiro para Vice, do mesmo partido, Remi Henrique Zatti. Venceu seu concorrente, Ervino Ilges, do PL, com 897 votos de vantagem, num total de 2608 eleitores. Dos sete vereadores da época, cinco eram de seu partido o que já garantiu uma parceria forte para a construção de sua plataforma de trabalho.


Quando assumiu como Prefeito, em 1º de janeiro de 1960, Gramado estava se afirmando como um próspero centro turístico do Estado.

Ao seu lado atuaram Almérico Lenzi, como Orientador do Ensino Municipal; Atalíbio Foscarini como Secretário Administrativo; Dr. Marino Kuri e ainda os funcionários municipais como Alice Ilse de Castilhos e os irmãos Evanor e Luiz Maurina na Contabilidade e Setor Pessoal; entre tantos outros.



Oficializou FESTA DAS HORTÊNSIAS em 5 de janeiro de 1961 e Gramado recebia o título de CIDADE JARDIM DAS HORTÊNSIA pelo SETUR, que hoje se encontra identificado no Brasão e na Bandeira de Gramado. A 1ª Festa das Hortênsias já havia acontecido em 1958 e coube a ele, fazer acontecer a 2ª edição, tendo como presidente Almeris Peccin, da linha de oposição.

Foi na sua administração que foi criado o COMTUR, Conselho Municipal de Turismo, em 19 de setembro de 1961, bem como da Associação de Assistência e Caridade de Gramado.

A cidade foi embelezada com o plantio de milhares de mudas de hortênsias o que caracterizava cada vez mais a cidade em seu título floral. Ainda hoje, muitas das hortênsias que convivemos, foram plantadas neste período de seu governo.


Desenvolveu um trabalho voltado para a comunidade, sem esquecer a imagem de Gramado no cenário turístico do Rio Grande.


O centro da cidade ganhou nova fisionomia com a colclusão da Praça Major Nicoletti com o plantio de muitas flores, iluminação e plantio de árvores. A Borges de Medeiros ganhou seus famosos canteiros centrais, onde foram plantados flores em profusão, criando um hábito que até hoje, quando revitalizamosa avenida, procuramos manter. A comunidade cuidava destes canteiros e nos finais de tarde todos se encontravam para aguar as plantas e dialogar. Neste período também foi ampliada a rua São Pedro e aberto o trecho da Rua Garibaldi e da Rua Senador Salgado Filho da Augusto Zatti e da Borges, respectivamente, até sua junção.

Com tanta utilização de flores criou o Horto Municipal de Gramado para preparar as mudas que seriam ocupadas nos espaços públicos. Uma preocupação pioneira que até hoje perdura.

Além disto, foi em sua administração que a Av. Borges de Medeiros recebeu sua primeira iluminação fluorescente em postes de concreto. A nova Garagem da Prefeitura, onde hoje está o Centro Municipal de Esportes Prefeito José Francisco Perini, serviu de oficina para as novas lâmpadas que foram colocadas, tudo de maneira quase artesanal. Uma cidade em franco desenvolvimento não poderia deixar de ter uma iluminaçãoi digna dos visitantes. E este complexo da Secretaria de Obras atendeu as necessidades de Gramado até bem pouco tempo atrás.

Houve prosseguimento do plano de asfaltamento das ruas centrais.

O bairro Floresta recebeu esta denominação e foram traçadas as suas ruas principais, as quadras e foram erguidas as primeiras casas populares de Gramado que até hoje fazem parte do bairro.

Classificou as estradas municipais e denominou e organizou os bairros e vilas da cidade.


O setor de ensino teve prioridade, recebendo grande impulso com a construção de novas escolas municipais, num total de 26. O prédio da APAE e doa terreno para o Grupo Escolar Boaventura Ramos Pacheco. Conseguiu a liberação para o funcionamento da Escola Normal São Pedro, para a Escola Cenecista Visconde de Mauá através de convênio, instalação da Escola Senador Salgado Filho e para uma escola Estadual Rural. Participou da colocação da pedra fundamental da Associação 25 de Julho. Deu seu apoio administrativo total para o Instituto Santíssima Tridade, no Moreira. Investiu também no preparo de professores locais para atender as escolas rurais, ampliando o leque de atendimento na educação das crianças do interior do município.

E montou a primeira praça infantil que levou o nome da esposa de Oscar Knorr, "Vilma Knorr", na esquina da Borges com a rua Madre Verônica, no coração da cidade, em 24 de novembro de 1962. E denominada a Praça Leopoldo Rosenfeldt em 28 de dezembro de 1963.

A alta tensão chegou a Linha Marcondes e Linha Tapera.

Sua dedicação o levou a trabalhar pelo saneamento básico e conclusão da rede e reservatório da Companhia Rio-grandense de Saneamento (CORSAN). A Avenida Borges recebeu sua 1ª rede de água neste período.

Foi ele que fez o encaminhamento do pedido com o levantamento sócio-econômico do município para a instalação de uma agência do Banco do Brasil em Gramado, aprovada durante sua administração.


Inaugurou o Instituto Balneo-Lodoterápico, de propriedade do Dr. Carlos Nelz, que alavancaria mais tarde o título para Gramado de "Estância Hidro-Mineral", pelo Governo Federal.

Promoveu e animou a instalação do Hotel das Hortênsias, que foi o pioneiro grande hotel instalado em Gramado.

Foi o 1º Prefeito a administrar o Legado Leopoldo Rosenfeldt e coube a ele os primeiros cuidados oficiais com o Lago Negro, Lago joaquina Rita Bier, Praça das Montanhas (hoje Praça Maldonado) e da Carriére.

O Belvedere Vale do Quilombo, que não época virou cartão postal, foi preparado em sua administração, logo após a paralisação das atividades do Trem que subia e descia a serra.

Na estrada da cidade foi construída a praça em homenagem ao Rotary.

Governou até 31 de dezembro de 1963.


Um nome que aqui chegou, semeou e fritificou, criando raízes. Um nome que Gramado respeita e que, hoje, homenageia com carinho.

Recebeu Cidadania Gramadense pela Lei Municipal 1193/93 de 9 de novembro de 1993.

Faleceu em 26 de fevereiro de 2001 no Hospital Arcanjo São Miguel sendo velado no Plenário Júlio Floriano Petersen, nas dependência da Câmara de Vereadores de Gramado de onde partiu para o Cemitério Evangélico Luterano, onde repousam seus restos mortais.

Gramado deve ser grato a este homem pelo zeloso carinho dedicado a esta terra e a nossa história precisa manter registrados todos estes fatos, garantindo, para o futuro, a preservação da memória do ser humano ARNO MICHAELSEN, que escolheu Gramado para ser seu lar, o lar de seus filhos e o seu repouso final. A simplicidade e humildade que sempre caracterizaram a sua personalidade, foram as suas maiores marcas, que até hoje percorrem a memória da cidade de cabeça erguida, pois seu trabalho foi feculdo e bem feito.

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